Hoje eu te vi

Hoje eu te vi passando. Estava longe. Te observei. Não tinha nada para te falar, por isso não me movi. Aliás, não tinha como me mover, por isso nada falei. Agora eu resolvi te escrever. Agora eu resolvi por no papel o que não consegui  proferir diante da sua cara lavada. Aqui escrevo. Mas hoje, eu não quero poesia. Eu quero ser fria. Quero dizer, de forma desorganizada, nada romântica, que você é uma pedra no meu sapato. Quero dizer, de forma clichê, como você é clichê. Não preciso me encher de inspiração para mandar você ir a merda. Vai a merda é uma expressão que se satisfaz por ela mesma e dispensa qualquer espécie de lirismo. Não está nada bonito, não é? Mas é exatamente isso que você merece. Uma mensagem pequena para uma pessoa pequena. Hoje eu vou rir da sua cara. Aquele riso de deboche que você odeia. Vou sentar e assistir a queda do seu chamado império. Agora eu consigo perceber what a loser you are. Em uma competição com você mesmo, você perderia. É patética a forma que você se gaba com o seu jeitinho nada demais. Baixe o seu ego. Você vai se afogar na sua pretensão. Dessa vez eu não estarei lá para te acudir.