O nosso amor

Eu já tinha esquecido que quando você se aproxima, alguma coisa faz com que meu corpo queira abraçar o seu. Te sentir. Sentir o sopro da sua respiração no meu rosto. Eu já tinha me esquecido desse sentimento tão incomum e desconhecido. Eu já tinha esquecido da forma que você sorri, simplesmente por estarmos lado a lado, só eu e você. Eu já tinha esquecido que eu não preciso lembrar do nosso amor para te amar. O nosso amor a gente guarda. De vez em quando. Mas, as vezes, de repente, a gente tira ele da gaveta. E se ama. O nosso amor é assim. É diferente. É latente. É bonito. É grandioso. É único. É momentâneo, mas também eterno. O nosso amor é uma vontade que vem do nada. Que a gente não controla, que a gente esconde. É a vontade de estar junto o tempo todo, mesmo que o tempo todo não seja todo o tempo. O nosso amor é amar tanto, que a gente prefere guardá-lo para que ele nunca acabe, ainda que tenhamos certeza da imortabilidade de nosso louco e inexplicável amor.